Origens do Yoga
Civilização Drávida
Os primeiros vestígios do Yoga foram encontrados na civilização Drávida que existia há cerca de 6.000 anos no Vale do Indo, estendendo-se, em termos geográficos, do Mediterrâneo à Ásia Menor e Índia. As suas principais cidades, Mohenjo-Daro, Harappa, Lothal e Merhgarh, foram descobertas em 1921 e 1922, e revelaram a existência de uma misteriosa civilização urbana. Recentemente foram encontrados vestígios subaquáticos da Riveira Drávida, na plataforma continental, com idade de cerca de 9.500 anos.
Sabe-se, pelos sinais encontrados, que o povo da civilização Drávida era um povo científico, naturalista, pacífico, desrepressor, sensorial, descentralizado, sem hierarquias, com grande qualidade de vida, matriarcal, artístico, moderno e conhecedor de Yoga.
As principais características de modernismo da Civilização Drávida foram
Urbanismo, com as cidades edificadas a 15m de altura do chão, em cidadela, numa estrutura de tijolo cozido, normalizado, com as ruas em ângulo recto, de 12m de largura, com os quarteirões, subdivididos por pequenas ruas paralelas ou perpendiculares às vias principais e com Planeamento urbanístico.
Engenharia civil e sanitária, com Esgoto público, ligado por ductos e colectores a todas as habitações, com bom escoamento de águas devido a inclinação bem calculada, com colector principal, com chaminés de ventilação e poços de inspecção. Sem estagnação, sem odores, higiene perfeita – na pré-história! Tinham também as casas com três pisos, dispostas em torno de um pátio interior com poço, jardim, cozinha, dispensa, sanitário em todos os pisos e terraço.
Engenharia Hidráulica e Naval, com Barragens de irrigação, de abastecimento de água potável e de regularização e protecção às cidades. Foi encontrado um Porto fluvial e marítimo em Lothal, com eclusas, comportas e portas com 10m de largura, dispositivos anti-erosão, área molhada para 30 navios de alto mar. Tinham indústria naval. Faziam comércio internacional, o primeiro da história da Humanidade, exportando marfim, lápis-lazúli e especiarias.
Organização da civilização, com cerca de 750.000 habitantes, em cidades de 70.000 a 100.000 habitantes, descentralizados e com ausência de cidade dominante. Verificou-se ausência de Reis e de estrutura militar, bem como de Templos e obras religiosas.
Qualidade de Vida, comprovada através da existência do celeiro comum, grande piscina pública descoberta, ginásios e piscinas cobertas. Tinham preocupações com a Ecologia – as indústrias poluentes, tais como olarias, oficinas de cerâmica, etc. eram relegadas para fora da cidade, por causa da poluição. Tinham gosto pela música (encontrados instrumentos de corda – o ancestral do moderno sitar), dança (encontradas inúmeras estátuas de dançarinas), teatro, humorismo, pintura, joalharia (muito utilizada pelas mulheres) e escultura. Foram encontradas provas de cultivo da admiração pelo feminino. Grande profusão de obras de arte representando a mulher.
E também conheciam e praticavam o Yoga, aparentemente, desenvolvendo a ciência da disciplina física e mental num grau muito elevado. Foram encontrados selos de estiatina (terracota) com Shiva e Yoga. Os sinetes de estiatina do Vale do Indo serviam para selar os fardos de mercadorias: sacos, ânforas, etc., para protege-los e identifica-los. Os selos tinham pictogramas característicos e alguns com imagem do Shiva Pashupati, “Senhor dos animais”, sentado no meio de animais, na atitude meditativa dos Yogi. Tinham as representações de lingam, cruzamento de energias ou forças masculinas e femininas, sendo um emblema do poder criador, considerado “como se se estendesse para baixo do solo tanto quanto se estende para cima”. O Yoga, como tudo o que nessa época remota era muito importante, era ensinado oralmente, de Mestre a discípulo(s).
Os principais investigadores da civilização Drávida eram, do Século XIX – Sir John Marshal e John Bruton e do Século XX – Sir Mortimer Wheeler e Prof. Mark Kenoyer (USA).
do site http://yoga-seixal.com/index_ficheiros/Page722.htm